Em um dia como hoje, em que são
lembrados os 70 anos da libertação de Auschwitz, fala-se muito em não repetir o
holocausto. Porém, enquanto eu escrevo isso, um bilhão de pessoas ainda passa
fome no mundo. Milhões estão em situação de escravidão nas fábricas das
multinacionais na China, em Taiwan, na Tailândia e também nos latifúndios aqui
no Brasil. Milhões de homossexuais são perseguidos em diversos países do mundo
como se fossem abominações. Milhões de negros são segregados, assassinados e
marginalizados no mundo inteiro como se não fossem dignos de humanidade.
O holocausto não acabou. Não foi
a primeira, nem a última, nem a mais importante, nem a menos importante, das
atrocidades realizadas pelas mãos do ser humano. Enquanto o mundo for uma
Auschwitz gigantesca, devemos continuar a lutar por um mundo livre para todos,
sem distinção de raça, sexualidade, crença e posição social.